Suplementos Proteicos em esportes de endurance.
Todo dia milhões de pessoas tanto
atletas como não atletas, procuram lojas especializadas de suplemento
alimentares na busca de produtos para melhorar sua performance e sua estética,
motivados apenas por propagandas e indicações de vendedores. Mesmo existindo
uma grande variedade de produtos com promessas milagrosas, é preciso ter em
mente que ainda existem muitas divergências científicas a respeito da melhora
da performance e do prometido resultado de alguns produtos.
Muitas vezes o praticante mal inicia
uma modalidade esportiva e a primeira coisa que faz é se preocupar em
utilizar suplementos alimentares, principalmente os proteicos como é o
caso do Whey Protein (proteína do soro do leite) e BCAA (aminoácidos de cadeia
ramificado). O que ele não sabe é que esta precipitação pode comprometer
seus objetivos no treino e ainda gastar dinheiro à toa.
O consumo excessivo de suplementos
proteicos, bem como de outros macronutrientes (carboidratos e gorduras)
pode prejudicar o objetivo do esportista. Isso porque as proteínas não podem
ser estocadas como combustível de reserva, como acontece com os carboidratos-glicogênio.
Desta forma, se a suplementação não for necessária ou consumida
exacerbadamente, como no caso do Whey Protein em treinos de baixa intensidade
e/ou volume, o praticante acabará ingerindo mais calorias do que
necessita, podendo engordar e ocasionar assim o processo de lipogênese
(formação de gordura) como também comprometer as funções renais.
A suplementação de
maneira intensa não é condição obrigatória para se
conseguir atingir bons resultados dentro da sua modalidade esportiva. O
atleta ou não atleta deve buscar uma alimentação adequada em calorias e
nutrientes, dentre eles a proteína, para o seu objetivo e intensidade de
treino. O uso da suplementação irá depender da disponibilidade de alimentos
(praticidade), da capacidade de suportar a ingestão, da demanda de energia
necessária a sua prática esportiva e da necessidade de se obter uma rápida
absorção após treinos muito desgastantes.
Se você treina com intensidade leve a
moderada, não tem uma predisposição à perda de massa magra, tem boa estrutura
muscular e genética para mantê-la e não tem grandes objetivos de hipertrofia, o
mais indicado é ingerir após os treinos um carboidrato de moderado a alto
índice glicêmico como por exemplo: macarrão, arroz, batata assada, pão árabe, pão
branco, torrada, cereal matinal, geleia, bolachas integrais e etc. Bem como proteínas de alto valor
biológico sendo recomendado principalmente carne bovina magra, clara de
ovo, leite desnatado, queijo magro, iogurte desnatado e peixes. Sendo o
suplemento recomendado apenas para complementar uma boa alimentação.
Importante ressaltar que para
preservar sua massa muscular é necessária a ingestão adequada de suplementos a
base de carboidrato antes e durante, dependendo de sua duração e intensidade,
como forma de preserva a integridade do músculo. Evitando usar como substrato
principal a proteína, ou seja, o carboidrato funciona como poupador de proteína
evitando sua depleção, uma vez que praticantes de exercícios físicos utilizam
como substrato primordial os carboidratos em forma de glicogênio (estocados nos
músculos) oriundos da alimentação. A quantidade de proteína ingerida
recomendado pela literatura é de 1,1 a 1,6g por quilograma de peso corporal ao dia
para modalidades de endurance.
A dica que fica é que o atleta ou
esportista procure um nutricionista esportivo capacitado para dirimir suas
dúvidas e realmente verificar se o uso de suplementos se faz necessário. Muitas
vezes a alimentação do atleta está ruim e com apenas algumas modificações e uma
reeducação alimentar é possível atingir bons resultados e formar grandes
campeões!!!
Contatos:
Cel: (85) 8895.6786 (OI) / 9638.6299
(TIM)
Graduado em Ciências da Nutrição pela
Universidade de Fortaleza
Especialista em nutrição e exercício
Físico pela UECE
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